Conheça o Coronavírus que tem seu 1º caso no Brasil
*Por Anderson Hentges e Rômalo Bessa
O teste de contraprova para a oficialização do 1º caso de Coronavírus no Brasil deu positivo para a doença. O homem de 61 anos esteve na Itália desde o dia 9 de fevereiro e chegou em São Paulo (SP), no dia 21. O idoso está em quarentena domiciliar.
O homem chegou no Brasil e apresentava alguns sintomas da doença. Dias depois ele procurou uma unidade médica e relatou que estava com problemas respiratórios. Após a verificação do quadro de saúde do idoso, foi confirmado que ele está com a doença.
O Ministério da Saúde informou que o idoso sofre de hipertensão, mas assegurou que, mesmo com riscos maiores, os sintomas que ele apresenta são leves e que o quadro dele não deve se agravar. Ainda de acordo com o Ministério, além do caso confirmado, outros 20 estão sob investigação e 59 já foram descartados.
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Monitoramento
Três pessoas, sendo dois adultos e uma criança, que são da família do idoso, também são monitorados. Eles tiveram contato com a vítima da doença nesse fim de semana. Todos estão em isolamento domiciliar.
Conforme a prefeitura de Vinhedo, cidade do interior de São Paulo, onde os três moram, nenhum deles apresentou qualquer tipo de sintoma até o momento. A secretaria da cidade ainda orientou os moradores sobre os cuidados que se deve ter.
Após a confirmação do caso, foi solicitado a lista com os nomes dos passageiros que estiveram no mesmo voo que o idoso. Eles serão postos em quarentena.
O Ministério da Saúde também informou que 16 passageiros que estavam próximos da poltrona onde o idoso estava sentado serão observados mais cuidadosamente. Serão monitorados os passageiros dos lados e das duas fileiras à frente e atrás.
Conforme o Ministério da Saúde, 12 das 20 pessoas que estavam na aeronave estiveram na Itália. Lá o país enfrenta um surto de Covid-19, a doença causada pelo vírus.
O vírus
O coronavírus é conhecido desde 1960. A doença provocada pelo novo coronavírus, chamada de Covid-19, está sendo investigada. Cada pessoa infectada pode transmitir para duas ou três pessoas, em alguns casos chegando a sete. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o período de incubação varia de 0 a 14 dias, mas já há estudos apontam que os sintomas aparecem de 9 a 10 dias.
Um estudo feito com 44 mil pessoas com casos confirmados apontou que a maioria dos infectados tinha idade entre 40 e 69 anos. Destes, 1.023 morreram. Os quadros mais graves deste estudo apareceram em pessoas acima de 60 anos.
Sintomas
A doença apresenta sintomas parecidos com outras doenças e em alguns casos, pode desencadear pneumonia e insuficiência renal. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 25% dos casos notificados são considerados graves.
Veja como são feitos os diagnósticos
Tratamento
Por enquanto, não há um tratamento específico para o coronavírus, nem uma vacina para a prevenção. A maioria das pessoas – 4% dos infectados morreram até então no surto – irá se recuperar por conta própria. Os sintomas podem ser aliviados com algumas medidas, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, sigla em inglês):
- Uso de analgésicos para dor e febre
- Uso de umidificador de ambiente e banho quente para aliviar a dor de garganta e tosse
- Ingestão de bastante líquido
Produtos de limpeza ajudam
O novo coronavírus, que causa a doença do Covid-19, pode ser morto por produtos de limpeza desinfetantes de fácil acesso, como álcool 70%, água sanitária e até com a combinação de água e sabão.
Por isso, é de grande importância e eficácia que se tome como hábito lavar constantemente as mãos e o pulso, com água e sabão, ou com álcool em gel. O álcool e a água sanitária podem ser utilizados também para a limpeza de superfícies.
Recomendações
- Uso de máscara descartável, com troca a cada duas horas
- Lavar as mãos
- Em caso de suspeita, ficar em casa e evitar locais de grande circulação
- Cobrir a boca e o nariz ao espirrar com um lenço, depois descartá-lo no lixo e lavar as mãos
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies frequentemente
Como e onde surgiu o Coronavírus
Apesar de divulgado amplamente pelas mídias sociais e grandes veículos de comunicação, através de informações oficiais de órgãos e entidades como o Ministério da Saúde, especialistas, Organização Mundial da Saúde (OMS), entre outras, ainda há duvidas – por parte dos leigos – de como teria surgido o vírus.
Os primeiros casos confirmados com esse tipo de vírus, foram registrados na cidade de Wuhan, na China. Após o primeiro registro, o número de pessoas infectadas foi aumentando cada vez mais, e consequentemente o número de óbitos daquele país.Muitas pessoas já associaram o surgimento do vírus com o mercado de frutos do mar, porém não há definições oficiais da verdadeira origem do vírus. Os especialistas tentam, a todo momento, buscar novas informações a respeito dos diagnósticos e possíveis tratamentos ou cura para as pessoas que foram infectadas.
No Brasil, já há um planejamento para um possível surto do vírus, por parte do Ministério da Saúde, que tratou até o momento, os casos suspeitos com seriedade e discrição. Apesar dos cuidados, o órgão divulgou dados que confirmam o primeiro caso do Covid-19 (como é chamado o coronavírus), no Brasil.
Ainda em dezembro de 2019, as autoridades chinesas emitiram um alerta à OMS, sobre o surgimento de uma série de casos com pneumonia na cidade de Wuhan. A cidade possui mais de 11 milhões de habitantes, podendo causar um possível surto do vírus pela quantidade de casos.
Com a proliferação do vírus, os pacientes que estavam em observação com a infecção, passaram a ser isolados e monitorados 24 horas por dia. Diante de toda a preocupação, um mercado de peixes da região de Wuhan foi fechado, pois havia uma suposta ligação às primeiras infecções registradas na cidade.
Até o momento, a OMS não estabeleceu nenhum tipo de tratamento para a doença, nem mesmo a possibilidade da cura.
Foi proibido pelas autoridades da China, a saída de pessoas da cidade de Wuhan, para que não comprometa o sistema de saúde internacional. Apesar da ação, já foram confirmados diversos casos da doença em outros países além da China.
Houve um determinado momento, registrado inclusive pelo Fantástico (programa da TV Globo), em que a aglomeração de pessoas era maior no interior dos hospitais do que nas ruas da cidade de Wuhan. A epidemia do vírus gerou desconforto nos próprios profissionais daquela região.
Todos os pacientes que foram diagnosticados com a doença trabalhavam ou tinha alguma relação com um mercado de animais vivos em Wuhan. Mas já foi verificado por especialistas, que a doença respiratória é transmitida pelo contato entre humanos. (Colaborou G1)
Países e continentes com a doença
Casos envolvendo o coronavírus já foram confirmados em mais de 40 países, sobre cinco continentes, causando preocupação nas autoridades competentes. Os dados foram atualizados na tarde de quarta-feira (27), ao confirmar um caso no Brasil.
Os continentes mais afetados, onde há registros de casos confirmados são Ásia, com cerca de 20 países e também a Europa com cerca de 16 países.
Na China, onde a doença foi descoberta, já são mais de 70 mil pessoas infectadas e inúmeras mortes causadas pelo vírus, chegando próximo a casa dos 2 mil e 800.
No Japão, o número de casos confirmados com a doença subiu de 170 para 186, ainda nesta quinta-feira (27). Esses casos registrados pelo Ministério da Saúde japonês estão separados dos 704 registrados no navio cruzeiro Diamond Princess, que ficou em quarentena em Yokohama, uma cidade ao sul de Tóquio.
Sete pessoas morreram com a doença no Japão, sendo quatro apenas no navio. A preocupação é tão grande que já chega nos bastidores de debatedores de grandes eventos esportivos, como é o caso dos Jogos Olímpicos, a serem realizados em Tóqui no dia 24 de Julho deste ano.
A Malásia registrou, recentemente, quatro pessoas infectadas com a doença respiratória. Segundo o ministro da Saúde da Malásia, Dzulkefly Ahmad, as três pessoas com a doença têm nacionalidade chinesa e são a mulher e dois netos de um homem de 66 anos que foi diagnosticado com a infecção em Singapura.
De acordo com informações, Singapura já registrou mais de 80 casos com pessoas infectadas pelo vírus. A Coreia do Sul registrou um total de 1.595 casos.
Na América do Norte, os Estados Unidos têm 60 registros e o Canadá aparece com 11 notificações. Para especialistas, o maior risco está em países com sistemas de saúde que já enfrentam graves gargalos no dia a dia.
Na Itália
O avanço do surto na Itália ocorreu em poucos dias na região norte do país, onde as autoridades ainda não sabem como o vírus apareceu.
Até o dia 21, não havia registros no país. No dia 22, foram divulgados pouco mais de 10. Dois dias depois, eram 157. Hoje, são 453. A reação trouxe ecos do que aconteceu na China, com a implementação de medidas, segundo o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte.
Cidades foram submetidas a quarentenas que podem durar semanas e eventos públicos foram cancelados.O Carnaval de Veneza, atrai milhares de turistas, foi encerrado dois dias antes do previsto e jogos de futebol da primeira divisão italiana foram adiados.
Outros países
Além dos principais países contaminados, outros países asiáticos já registraram casos confirmados do coronavírus, como Tailândia, Vietnã, Nepal, Camboja, Sri Lanka, Emirados, Árabes, Índia, Filipinas, Rússia, Irã, Bahrein, Omã, Kuwait, Iraque e Paquistão.
Já no continente americano eram apenas dois países que haviam o registro do vírus confirmado, porém, recentemente o Brasil entrou na lista dos países, registrando apenas um caso e outros 20 suspeitos. Além do Brasil, Estados Unidos e Canadá estão na lista.
Os países europeus também concentram grande parte do índice de pessoas infectadas e mortas pelo Covid-19, a doença respiratória. Países como a França, Áustria e Alemanha já somam mais de 20 casos confirmados.
Também existem outros países com o registro de incção, na Europa, como Finlândia, Suécia, Suíça, Bélgica, Croácia, Itália, Reino Unido, Espanha, Grécia, Geórgia, Macedônia do Norte, Noruega e Romênia.
Na Oceania há apenas um país com o vírus infectado. Já para a África, países como o Egito e Argélia possuem dois pacientes com o a doença. (Com informações de G1 / Isto É / Valor Econômico / O Globo / Uol Notícias / Notícias R7 / BBC News)
Texto retirado da Rádio 93 FM.