Dicas de Pilates para melhorar o seu dia!

Bruxismo: O que é e como evitar

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 30% da população mundial sofre com o bruxismo. No Brasil, esse número pode ser até 10% maior.

Essa condição, ao mesmo tempo em que é silenciosa, pode causar diversos problemas na saúde e no bem-estar das pessoas, sendo motivo de dores, sensibilidade e, em casos mais sérios, provocando o amolecimento e fratura dos dentes.

Os sintomas podem ser tão intensos que o paciente interessado em realizar procedimentos estéticos, como o clareamento dental, podem não ser aptos devido a intensidade do desgaste dentário, ou podem demandar acompanhamentos prévios antes da correção.

Por isso é necessário entender como o bruxismo funciona e quais são os sintomas.

O que é o bruxismo?

Bruxismo, ou briquismo, é o nome que se dá para o transtorno que faz com que o paciente ranja os dentes enquanto dorme (bruxismo) ou o apertar em uma mordida forte, durante o dia (briquismo).

 Em ambos os casos o ato é inconsciente e, por esse motivo, o tratamento costuma demorar a ser iniciado. 

Essa é uma condição que pode acometer as pessoas de todas as idades, mas é mais comum em jovens e adultos. 

Bruxismo: Como evitar

Como o paciente normalmente está dormindo, quem costuma notar os sintomas são as pessoas que dividem o quarto ou o dentista, durante as consultas de rotina, ou mesmo pelas dores que podem surgir e levam o paciente a procurar o profissional.

Também é possível notar alguns sinais como a dor de cabeça ao acordar, músculos faciais doloridos, desconforto na articulação mandibular (ATM) ao abrir a boca, inflamação gengival e até dentes danificados sem motivo aparente.

É um transtorno que precisa ser controlado o quanto antes, pois as consequências podem prejudicar a saúde dos dentes, causar complicações e demandar tratamentos como o implante dentário, por exemplo, e até colocar em risco a integridade dentária.

A origem do problema

O bruxismo pode originar de diversos fatores como:

  • Má oclusão;
  • Uso de medicamentos;
  • Ansiedade;
  • Alta exposição a situações de estresse;
  • Complicações de doenças raras.

A má oclusão é quando existe o encaixe incorreto entre a arcada dentária superior com a inferior, causando problemas na mordida que exigem a correção por alinhamento dental.  Este erro posicional é capaz de provocar o ranger dos dentes. 

Outra potencial causa é o uso de fármacos antidepressivos como a fluoxetina, a sertralina ou a paroxetina. Isso porque esses remédios, utilizados para o controle da serotonina, podem provocar o bruxismo como um dos efeitos colaterais.

Essa condição pode, ainda, aparecer em decorrência do agravamento de enfermidades que atacam a cognição e os movimentos musculares voluntários ou involuntários, como o Parkinson ou o Huntington.

No entanto, acredita-se que a causa mais comum desses movimentos inconscientes seja o estresse do cotidiano e a ansiedade.  

Esse é o principal motivador dos casos, em pacientes adultos e em crianças de até 5 anos de idade.

Quando o bruxismo não é identificado logo no início do problema, o atrito contínuo pode causar o desgaste da superfície dentária, quebra nas restaurações, corrosão do esmalte – camada mais superficial do dente que serve como proteção – , fratura dos dentes originais e a quebra das peças dentárias.

No caso da quebra ou trincas na dentição, pode-se recorrer aos tratamentos reparadores, como a  lente de contato dental ou implantes.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico correto só pode ser realizado por um dentista e o tratamento deve ser supervisionado. Por isso, se o paciente perceber alguns dos sintomas descritos acima ou for avisado sobre o ranger dos dentes, é necessário procurar ajuda profissional.

O tratamento ocorrerá de acordo com a origem do problema. Se o motivador do desgaste dentário for a estruturação dos dentes, o dentista vai sugerir o tratamento ortodôntico para a correção.

Se o tratamento antidepressivo estiver originando-o, pode ser recomendado um medicamento complementar para combater o efeito colateral ou a troca da medicação original.

Agora, os casos de estresse podem exigir o acompanhamento psicológico, a prescrição de calmantes e relaxantes musculares – por curto período de tempo –, bem como atividades físicas e mentais que podem ajudar a acalmar o paciente.

Independentemente da origem, o uso de placas intraorais costumam ser recomendadas, diminuindo a tensão entre a estrutura superior e a inferior. A aplicação de toxina botulínica também pode ser recomendada para a redução da ação muscular.

Como o pilates pode contribuir com a melhora do quadro

A prática do pilates, justamente por combinar exercícios respiratórios com o fortalecimento muscular, promove o condicionamento físico ao mesmo tempo em que auxilia no controle das situações de estresse, ao longo de todo o dia.

A concentração na respiração melhora os níveis de oxigenação do sangue e diminui a concentração de cortisol – hormônio diretamente relacionado ao nervosismo e a ansiedade –  que, por sua vez, favorece o relaxamento dos músculos e alivia a tensão. 

Por isso, o pilates pode ser um ótimo aliado para o tratamento odontológico. Ele melhora as dores musculares, dores de cabeça, irritabilidade e ainda pode proporcionar alívio da depressão, insônia, cansaço, entre muitas outras melhorias na saúde, promovendo a saúde geral.

Considerações finais 

Fora os tratamentos específicos, é comum a recomendação do uso de placas miorrelaxantes para evitar o contato e a movimentação dos dentes. Contudo, caso ocorra o uso do aparelho ortodôntico fixo, é preciso verificar formas de conciliar ambos tratamentos.

Para não inviabilizar a prevenção e impactos do bruxismo, o dentista pode recomendar o uso de compressas quentes e úmidas na região do maxilar que esteja dolorido – para diminuir o incômodo muscular.

Também é possível recorrer ao uso dos moldes removíveis, bem como para a aplicação da toxina botulínica, além de mudanças comportamentais como o uso de estimulantes e cafeína para controlar a tensão.

No caso do paciente ainda estar sentindo dores, o tratamento com o aparelho dentário deve ser interrompido para possibilitar o uso da placa de bruxismo. Somente quando os sintomas tiverem cessado, o procedimento ortodôntico pode recomeçar. 

Conteúdo originalmente desenvolvido pela equipe do blog Qualivida Online, site no qual é possível encontrar diversas informações e conteúdos sobre os cuidados com a saúde física e mental.

Comentários
Loading...

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está bem com isso, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceito Leia Mais