Usar Ginkgo biloba melhora a memória?

O que é a Ginkgo biloba?

A Ginkgo biloba é uma erva com variadas aplicações e usada para combater uma série de enfermidades, além de ajudar a prevenir outras condições e contribuir para a saúde do organismo humano. Já conhecida da antiga medicina tradicional chinesa, a Ginkgo biloba tem seu lugar hoje em dia na fitoterapia moderna, por conta de sua ação anti-inflamatória e antioxidante, desencadeada por sua rica concentração em flavonoides e terpenoides. O uso da erva produz, principalmente, melhoras no sistema circulatório, nomeadamente no fluxo de sangue arterial, cerebral e periférico. São constatáveis contribuições para a saúde cardíaca, ocular e mental.

E como ocorre essa ação da Ginkgo biloba no corpo? Por meio da vasodilatação e da redução da viscosidade do sangue, a erva promove a melhor circulação sanguínea e um aumento do sangue suprido ao cérebro. Além disso, a planta também elimina radicais livres de oxigênio em tecidos nervosos, sendo ligada ao combate do progresso de doenças mentais como demência, devido à forte contribuição ao metabolismo neuronal.

Do lado hormonal, ações como a inibição da recaptação de serotonina e o estímulo à recaptação de colina no hipocampo são ocasionadas pelos flavonoides. De mais a mais, a Ginkgo biloba promove uma relevante ação neuroprotetora, controlando os níveis da síntese de óxido nítrico no corpo.

Indicações e contraindicações

A Ginkgo biloba é indicada para o tratamento de distúrbios no sistema nervoso central, que ocasionam insuficiência cérebro-vascular e manifestação de sintomas como tonturas, zumbidos, cefaleia, fadiga, memória deficitária, atenção prejudicada, concentração comprometida, além de outros sintomas comuns a síndromes demenciais.

A erva também é muito usada no tratamento de distúrbios vasculares periféricos, como a insuficiência vascular no sistema periférico, que pode levar à manifestação funcional de sintomas como cãimbras noturnas e claudicação intermitente. A Ginkgo biloba também é efetiva no tratamento de distúrbios neurosensoriais no equilíbrio, que levam à manifestação de vertigens, tonturas, zumbidos e isquemia retiniana. Outras condições nas quais o uso da planta é recomendado são doença de Alzheimer, demência, asma e depressão.

Além disso, a Ginkgo biloba tem propriedades profiláticas e vasta aplicação na medicina preventiva, para além de seu uso em tratamentos e abrandamento de sintomas. A erva traz vários benefícios para o corpo, contribuindo para a higidez do organismo. Entre esses benefícios, podemos citar a regulação da pressão arterial, a melhora da saúde ocular, a correção do batimento cardíaco e melhorias no rendimento cerebral como um todo.

Contudo, a Ginkgo biloba não está livre de sua cota de contraindicações. O uso da erva não é recomendado para pacientes com coagulopatia ou fazendo uso de anticoagulantes/antiplaquetários, pois a interação medicamentosa pode ocasionar hemorragias. Pacientes com histórico de hipersensibilidade, alergia ou intolerância a qualquer um dos componentes da fórmula do medicamento também devem evitar a droga. Outro grupo de risco para o qual o uso da erva é contraindicado são mulheres grávidas.

Há relatos de reações adversas como distúrbios gastrointestinais, cefaleia, reações alérgicas cutâneas (edema, hiperemia, prurido etc.), enjoos, palpitações, hipotensão e hemorragia. Não é recomendado o uso de Ginkgo biloba para pacientes fazendo uso de remédios anticonvulsivantes, insulina, omeprazol, trazodona e papaverina (a atenção médica deve ser buscada nesses casos).

Posologia

A Ginkgo biloba é administrada através de seu extrato seco, em comprimidos com concentração de 80 ou 120 mg. A posologia varia de caso a caso e depende do critério médico e das orientações da bula. A dosagem ideal para comprimidos com concentração de 120 mg é de 26,4 a 64,8 mg de flavonoides e de 6 a 16,8 mg de terpenoides.

Em geral, ingere-se um comprimido de 80 mg de 2 a 3 vezes por dia, sendo que a dose pode variar de caso a caso conforme a orientação médica. No caso dos comprimidos de 120 mg, o paciente consome, via de regra, um comprimido 2 vezes ao dia, o que pode variar conforme a gravidade do caso.

A dosagem adequada da Ginkgo biloba só poderá ser determinada pelo profissional médico, depois de avaliação clínica do paciente no caso concreto e específico. Os comprimidos devem ser consumidos inteiros, com água para facilitar a deglutição, sem partir, abrir ou mastigá-los.

E melhora a memória?

E quanto à memória, a Ginkgo biloba pode ajudar?

Como vimos, um dos principais efeitos dessa erva no organismo é a melhora do fluxo sanguíneo e, portanto, da circulação do sangue. Essa melhora engloba principalmente os sistemas arterial, cerebral e periférico. Sendo assim, a Ginkgo biloba promove um aumento da quantidade de sangue suprida ao cérebro, o que melhora todas as funções cerebrais, como a atenção, a concentração e a memória.

O funcionamento hígido do cérebro depende do suprimento de sangue e da eficácia do sistema circulatório com um todo. Através da vasodilatação, redução da viscosidade e eliminação de radicais livres, além de outras ações, a Ginkgo biloba contribui para a melhora do rendimento cerebral em geral, tendo um efeito positivo direto na memória.